O que é a Demência?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as demências são causadas por diversas doenças ou lesões que destroem as células nervosas e danificam o cérebro ao longo do tempo, sendo a doença de Alzheimer a mais prevalente, representando 60 a 70% dos casos.

A demência provoca a deterioração das funções cognitivas, tais como, a memória e o raciocínio. As alterações cognitivas são habitualmente acompanhadas, e ocasionalmente precedidas, por alterações no humor, controlo emocional, comportamento ou motivação e que se podem traduzir em ansiedade, tristeza, zanga, comportamento socialmente inapropriado, afastamento do trabalho ou atividades sociais e mudanças de personalidade. Estas alterações vão, por sua vez, prejudicar a capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas atividades de vida diária.

O que falta fazer em Portugal


1.
Priorizar a Doença de Alzheimer e outras demências do ponto de vista social e de saúde pública.
2. Concretizar as políticas existentes através da efetiva implementação da Estratégia da Saúde na área das Demências.
3. Consciencializar a comunidade através de ações de informação e sensibilização para aumentar a literacia em saúde na área das demências e combater o estigma.
4. Garantir uma efetiva articulação entre os vários níveis dos cuidados de saúde e a nível intersetorial para que o percurso de cuidados seja acessível a todas as Pessoas com Demência e suas famílias, independentemente do lugar onde vivem e das suas capacidades financeiras.


A nível nacional, apesar de existir uma Estratégia da Saúde na Área das Demências publicada em 2018, os respetivos Planos Locais que a operacionalizam ainda não são uma realidade no terreno. Portanto, não existe ainda uma resposta específica, integrada e continuada que apoie, do ponto de vista social e de saúde, as Pessoas que vivem com Demência e as suas famílias, ao longo de todo o curso da doença, desde o diagnóstico até aos cuidados de fim de vida, de modo acessível, tanto do ponto de vista financeiro como geográfico. Além disso, continua a subsistir muito desconhecimento e estigma, o que também afeta o bem-estar e qualidade de vida das Pessoas que vivem com a doença e dos familiares que cuidam delas.

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